Presidente da Comissão Científica destaca qualidade dos trabalhos apresentados e defende universidade como suporte essencial para decisões públicas mais eficientes.

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Na sua intervenção durante a sessão de abertura da 3.ª edição do Open Day da Ciência e da Cultura, o Presidente da Comissão Científica, António Baptista, sublinhou que a missão da Universidade de Cabo Verde “não se esgota no ensino”, estendendo-se à investigação e à extensão, e que o conhecimento produzido na instituição deve contribuir diretamente para melhorar as vidas das pessoas e para o desenvolvimento do país. Para o responsável, a qualidade dos trabalhos apresentados este ano coloca a produção científica da Uni-CV “ao nível dos melhores do continente e do mundo”.

Dirigindo-se à comunidade académica, o Presidente da Comissão Científica começou por enfatizar que o conhecimento gerado na Uni-CV não pode ficar circunscrito às salas de aula. “O objetivo é que o conhecimento produzido na universidade possa mudar vidas e promover o desenvolvimento do país”, afirmou, lembrando que Cabo Verde continua a enfrentar limitações de infraestruturas e recursos. Essa escassez, defendeu, obriga a que as decisões públicas sejam “cada vez mais eficientes” e que essa eficiência “só é alcançada com o suporte da nossa universidade”, através de dados sólidos, investigação rigorosa e análise crítica.

Ao fazer o balanço da edição deste ano, o responsável confessou que a Comissão Científica não teve grandes dificuldades em selecionar os trabalhos a integrar o programa, precisamente “pela qualidade dos nossos trabalhos”. Destacou, em particular, os projetos na área da saúde, que considerou “trabalhos de excelência, ao nível dos melhores do continente e dos melhores do mundo”. Estes resultados, sublinhou, mostram que a Uni-CV tem hoje capacidade para se colocar “em pé de igualdade com os grandes centros de investigação”.

O Presidente da Comissão Científica valorizou também o ambiente interno que a universidade procurou construir nos últimos anos, descrito como “mais previsível e mais organizado”, condição que considerou decisiva para a consolidação do Open Day como espaço de debate e intercâmbio entre investigadores. Lembrou que o evento funciona igualmente como uma forma de “restituição à sociedade” pelo investimento do Estado em Cabo Verde e na Uni-CV, mas também pela confiança das famílias que entregam à universidade a formação dos seus filhos para que estes possam contribuir para o progresso do país.

O Presidente da Comissão Científica fez questão de salientar o esforço dos docentes e investigadores que acompanham os estudantes na elaboração dos projetos, sublinhando que muitos dos trabalhos apresentados resultam de uma orientação próxima e exigente. Considerou que essa dinâmica conjunta, entre estudantes e professores, é fundamental para reforçar a cultura de investigação na Uni-CV e para consolidar a universidade como referência nacional na formulação de políticas públicas baseadas em evidência.

Ao encerrar a sua intervenção, agradeceu a confiança depositada pela Pró-Reitora de Investigação e Formação Avançada ao convidá-lo para presidir à Comissão Científica do Open Day e felicitou a Universidade de Cabo Verde por “mais esta pedra colocada sobre a primeira pedra”, expressão com que quis sublinhar o caráter cumulativo do trabalho realizado. Para o responsável, o caminho que a Uni-CV está a trilhar na investigação científica mostra que, com apoio e incentivo adequados, “o cabo-verdiano pode alcançar grandes feitos” e colocar a ciência ao serviço do desenvolvimento do país.

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