A Uni-CV comemorou os 100 anos de nascimento do poeta Agostinho Neto, no dia 27 de setembro, com uma aula magna, momento cultural com dança e poesia na presença de personalidades da sociedade civil e estudantes das mais diversas escolas do ensino secundário.
O reitor da Universidade de Cabo Verde afirmou que ao acolher este evento a universidade pública do país fala de uma “das principais figuras africanas do século XX, um homem multifacetado com obras marcantes de cariz político, humano e cultural”.
José Arlindo Barreto acrescentou que a aula magna é um evento importante para relembrar o papel que Agostinho Neto teve tanto em Angola e Cabo Verde, tendo sido colocado o seu nome em forma de homenagem no aeródromo de São Antão e no hospital na Praia.
A embaixadora de Angola em Cabo Verde ressalvou que o objetivo de eventos como o da aula magna era o de demonstrar o papel que importantes figuras tiveram no passado aos mais jovens que precisam conhecer o percurso exemplar destas pessoas.
Júlia Machado sublinhou a importância que a Angola desempenhou ao acolher líderes que contribuíram para o avanço de seus países como o caso de Nelson Mandela e de outros combatentes da Namíbia. Igualmente apelou a uma união das instituições cabo-verdianas e angolanas, na medida que o país africano quer promover a paz por todo o mundo.
“Cabe a esta geração de líderes africanos levantarem-se contra as amarras do subdesenvolvimento assim como os líderes africanos levantaram-se contra o colonialismo”, afirmou o presidente da República.
José Maria Neves falava em uma revolução que começará por fazer uma mudança política e económica nas instituições do continente. Esta revolução seria semelhante a luta feita pelos combatentes africanos, mas uma luta que tivesse como objetivo acabar com as dificuldades que ainda enfrentamos.
A aula magna foi presidida pelo professor Cornélio Caley sobre o tema “Agostinho, a paz, unidade e reconciliação nacional”.