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Começou no dia 11 de abril a mobilidade dos membros da comunidade académica da Universidade da Beira Interior, liderado pelo Professor Bruno Travassos, com várias atividades destinadas aos estudantes, sobretudo os do curso de Educação Física e Desporto. 

Bruno Travassos é Professor e Investigador da Universidade da Beira Interior (UBI), da Portugal Football School e do Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano – CIDESD.  Paralelamente é treinador de futsal e faz parte da federação portuguesa de futebol. É, além disso, desde 2019, fisiologista da equipa técnica nacional de futsal e coautor de duas obras sobre a modalidade, recentemente lançadas pela coleção “Livros FPF”.

Numa conversa com o Gabinete de Comunicação e Imagem da Universidade de Cabo Verde, Bruno Travassos falou sobre a mobilidade académica realizada no Campus do Palmarejo Grande, no âmbito do programa Erasmus +, financiado pela União Europeia.

O especialista explica-nos que a mobilidade correu muito bem, foi muito proveitosa. Foram realizadas três sessões com os alunos, teóricas e práticas, sobre o ensino do futsal.  “Penso que eles gostaram muito e que foi ao encontro das expectativas que eles tinham, o que permitiu que eles conhecessem melhor a modalidade e percebessem melhor como ensinar”.

workshop_futsal.pngPara além disso, foram realizadas também reuniões com docentes e com a sociedade civil, nomeadamente com algumas entidades relacionadas com o desporto, permitindo estabelecer aqui alguns lados para futuros projetos de colaboração.

O investigador, acompanhado dos docentes da Uni-CV, Filomeno Tavares e Ulisses Barros, reuniram-se com o Instituto do Desporto e da Juventude e com a Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCVF): “Pensamos que estão lançadas as primeiras sementes ou oportunidades para o desenvolvimento de um plano de formação de treinadores de futsal, numa parceria entre a Uni-CV e a FCVF. O protocolo incluirá um plano de formação, a realizar-se a médio prazo, com a duração de três ou quatro anos, de modo a se criar diferentes ações formativas, quer para treinadores, quer para professores de Educação Física, no sentido de que a intervenção, o ensino e o treino do futsal em Cabo Verde sejam cada vez mais consolidados e consigam rapidamente criar programas de formação, de forma autônoma, bem como competições na área do futsal” (disse).

Durante as atividades práticas e teóricas que tiveram lugar na Universidade de Cabo Verde, Bruno Travassos disse que, apesar de não existirem competições formais de futsal, os alunos têm conhecimento da modalidade, praticam-na e se mostraram sempre muito responsivos e com muito interesse. colocaram questões sobre como fazer para melhorar a sua intervenção e a sua metodologia de ensino: “Foi uma participação que mostrou o interesse por parte dos alunos, tanto em aprimorar o seu conhecimento, quanto em procurar a melhor estratégia para o ensino desta modalidade”. 

"É  fantástico ver a quantidade de miúdos que praticam desporto, as pessoas que praticam desporto na praia. Portanto, se Cabo Verde pretende potenciar aquilo que já tem de bom, então há que formar profissionais com mais competências, necessárias quer nas áreas do exercício e saúde, para fomentar a prática e uma prática organizada e com qualidade, quer em termos do treino desportivo, ou no desenvolvimento de competências _ não apenas de treinadores, mas também de pessoas ligadas à análise da performance, ao desenvolvimento individual da performance, que são áreas cada vez mais necessárias e fundamentais para o desenvolvimento desportivo de rendimento", recomenda Bruno Travassos.

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“Todos os objetivos propostos no plano de trabalho foram cumpridos”, avançou o especialista, reforçando que “fomos mais além daquilo que estava previsto, como é o caso de um possível protocolo para a formação de treinadores de futsal”. 

No seu entender, o curso de Educação Física e Desporto da Faculdade de Educação e Desporto está muito focado na sua principal saída profissional, que é o ensino da Educação Física e aquilo que parece ser, cada vez mais, o mercado dos profissionais do desporto. Acrescentou que ser profissional do desporto vai para além do que é a ação física. 

 O fisiologista da equipa técnica nacional de futsal disse que “foi uma mobilidade muito produtiva, em que nos focamos em áreas muito específicas. Por isso mesmo, consideramos que podem vir a nascer alguns frutos desta mobilidade e, portanto, consideramos que a mobilidade foi um sucesso”. 

No final da conversa, o Professor disse que os estudantes de Educação Física e Desporto da Uni-CV devem olhar para a parte da oportunidade e não para o problema. “Eles têm uma oportunidade muito grande de trabalho para o futuro, não apenas na educação física, mas em tudo aquilo que o mercado do desporto, do exercício físico e aquilo que eles têm que procurar é quais são as referências que eles podem ter, em termos nacionais e internacionais, de boas práticas de desenvolvimento das suas próprias capacidades. Se eles forem bons profissionais, então, com certeza, eles vão melhorar a sua condição individual, mas sobretudo vão transformar a sociedade onde estão inseridos e penso que isso é o mais importante”.

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