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A Universidade de Cabo Verde realizou o VI Congresso Internacional de Educação Ambiental Lusófono (EAL), que decorreu de 2 a 5 de novembro de 2021 em São Vicente, na Faculdade de Educação e Desporto (FaED) e contou com a participação das delegações de Angola, Cabo Verde, Brasil, Espanha - Galiza, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe.

A história do Congresso de EAL remonta à Rede Lusófona de Educação Ambiental (Redeluso), que foi fundada no ano de 2005, em Portugal. Em 2006 fez-se o primeiro encontro presencial em Joinville, durante o VI Congresso Ibero-americano de Educação ambiental. Deste encontro, deliberou-se sobre a necessidade da articulação permanente da lusofonia e foi lançado o I Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países Lusófonos e Galiza, que aconteceu em Santiago de Compostela, em 2007. O Brasil promoveu o II Congresso Lusófono de Educação Ambiental em Cuiabá, Mato Grosso, em 2013, onde, durante três dias emergiram os sentimentos de pertença e o amadurecimento da educação ambiental nas regiões e comunidades falantes da Língua Portuguesa. O II congresso inicia um amplo debate sobre um vasto programa de educação ambiental lusófono, que foi construído durante o III Congresso, em Portugal, em 2015, contribuíndo para a sustentabilidade da REDELUSO e da Educação Ambiental.

O evento teve como lema “Oceano, Lusofonia e Educação Ambiental: Caminhos de Esperança para uma Transformação Socioecológica na CPLP” e visou tratar das temáticas alinhadas às preocupações ambientais, promovendo o conhecimento sobre o oceano e a educação ambiental entre cientistas, educadores, ambientalistas, estudantes e políticos. 

Na cerimónia de abertura, a Magnífica Reitora destacou o papel da academia na produção e transferência de conhecimentos para que a proteção ambiental seja uma realidade nos nossos países; e a importância da construção de redes, para partilharmos experiências e conseguirmos mitigar os efeitos da crise climática.

Perto de 150 pessoas estiveram na Faculdade de Educação e Desporto da Universidade de Cabo Verde em Mindelo, participando em presença nos diversos momentos de partilha e de construção de conhecimentos.  Também diversas escolas participaram, primeiramente em encontros infanto-juvenis preparatórios, e depois online, envolvendo perto de 6000 crianças e 200 professores, na Maior Aula do Mundo, no dia 5, sobre Crise Climática e ODS. De igual modo, muitas centenas de pessoas, nos diversos países da CPLP, seguiram online todos os painéis. 

Na frente da Comissão Organizadora do Congresso, esteve a Professora Maria Miguel Estrela (FaED/UniCV) que destacou a importância do Congresso para Cabo Verde e para todos os participantes, pois mostra a necessidade de mudarmos as nossas atitudes e comportamentos em relação ao ambiente _ e isso passa primeiramente pela educação.

Durante o congresso foram apresentados diversos painéis, conferências, oficinas, workshops, minicursos e comunicações orais com a participação de congressistas de todos os países da CPLP. Foram ainda organizadas visitas de campo em São Vicente (Praia Grande, Norte da Baía e Monte Verde) e Santo Antão (Planalto Leste e Planalto Norte), durante as quais foram realizadas atividades como campanha de limpeza das praias, identificação de plantas endémicas e plantação de árvores.

A cerimónia de encerramento foi presidida pelo Ministro do Mar, Dr. Paulo Veiga, que ressaltou que a Educação Ambiental é o caminho para um mundo melhor e referiu que deve ser dada especial atenção a uma consciencialização para as consequências da poluição dos mares. O membro do Governo parabenizou a Comissão Organizadora do Congresso, em especial a Professora Maria Estrela.

Firmou-se o compromisso de Moçambique organizar o próximo Congresso de Educação Ambiental dos Países e Comunidades da CPLP, daqui a dois anos.

A UNI-CV manifestou a sua gratidão por toda a colaboração e apoio recebidos, especialmente da CPLP, do Governo de Cabo Verde (através da Direção Nacional do Ambiente), delegações da Ministério de Agricultura e Ambiente em São Vicente e Santo Antão  e da Direção Nacional de Educação e ainda do Ministério do Mar, da UNICEF, das Câmaras  Municipais de São Vicente, Porto Novo e Paul, da Câmara Municipal  de Lousada em Portugal, da Agência Portuguesa do Ambiente, da Direção-Geral de Políticas do Mar de Portugal, de empresas cabo-verdianas como a Tecnicil Indústria, a Enapor, a Emprofac, a Biosfera I e dos estudantes da UNiCV e da Escola Técnica do Mindelo, pelo seu apoio voluntário.

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