A Faculdade de Ciências Sociais, Humanas e Artes (FCSHA) da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV) inaugurou, no passado dia 5 de junho de 2025, pelas 16h, na Mediateca do Campus do Palmarejo, a exposição de pintura “Tempos Líquidos”, uma iniciativa que se insere no esforço da instituição em promover o desenvolvimento do ensino, da investigação e da extensão no domínio das artes.
Organizada em parceria com o artista plástico e arte-educador Carlos Lopes, e com curadoria do Professor Elter Carlos, a exposição oferece ao público uma abordagem artística contemporânea, profundamente inspirada na obra e pensamento do sociólogo e filósofo polaco Zygmunt Bauman. O conceito de modernidade líquida, cunhado por Bauman, constitui o eixo central da mostra, explorando temas como a fluidez das relações sociais, o individualismo, o consumismo e o efémero na sociedade atual.
Durante a cerimónia de abertura, a presidente da FCSHA, Fernandina Fernandes, destacou a importância da exposição como “uma excelente iniciativa” no quadro do novo ciclo estratégico da faculdade.
Fernandes aproveitou ainda para sublinhar que, no ano letivo de 2024/2025, a FCSHA deu início a um processo de promoção e institucionalização do ensino, da investigação e da extensão no domínio das artes, com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento do conhecimento, da interpretação e da projeção da sensibilidade estética da sociedade cabo-verdiana.
“A presença da arte na FCSHA é uma necessidade imperiosa”, afirmou a presidente. “Ela mostra à sociedade que é, simultaneamente, um veículo de beleza, de crítica ética e social e um campo de exercício profissional que contribui igualmente para a economia nacional.”
A exposição “Tempos Líquidos” propõe mais do que uma contemplação estética: oferece uma reflexão profunda sobre a condição humana, a desestruturação dos paradigmas sociais e o impacto dessas transformações nas comunidades. A comunidade académica e o público em geral são convidados a visitar esta mostra que, através da arte contemporânea, desafia preconceitos e revela as invisibilidades da existência.
A mostra permanece aberta ao público até ao dia 10 de junho de 2025, na Mediateca do Campus do Palmarejo, estando toda a comunidade académica e o público em geral convidados a experienciar esta reflexão visual sobre os tempos que vivemos.