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Numa recente descoberta que promete revolucionar o tratamento de doenças neurológicas, a docente e investigadora da Universidade de Cabo Verde, Mara Yone Soares Dias Fernandes, em colaboração com outros investigadores internacionais, realizou uma investigação sobre o ácido cafeico, um composto encontrado no café e outros alimentos. A descoberta traz uma nova esperança para milhões de pessoas em todo o mundo que sofrem de doenças neurológicas.

O estudo, publicado na prestigiada revista científica "Neuroscience Letters" da editora Elsevier, desvendou a capacidade do ácido cafeico em prevenir a disfunção sináptica - uma característica comum em doenças como o AVC e Alzheimer - sem afetar a função sináptica em condições fisiológicas. Isto significa que o ácido cafeico poderá atuar como um neuroprotetor seletivo, sem causar efeitos colaterais globais na função sináptica. Assim sendo, este composto poderá ser um modelo promissor para o desenvolvimento de novos medicamentos neuroprotetores.

"Esta é uma descoberta significativa que poderá abrir um novo caminho para o desenvolvimento de medicamentos neuroprotetores seletivos", afirmou a docente Mara Fernandes.

"O nosso trabalho poderá vir a ter implicações profundas na forma como encaramos e tratamos as doenças neurológicas", complementou.

No entanto, a Professora Mara Fernandes sublinha que mais investigações são necessárias para entender completamente a segurança e a eficácia do ácido cafeico como agente terapêutico.

"Este é apenas o início … Precisamos de mais estudos para entender completamente o potencial do ácido cafeico", elucidou.

O estudo também destaca a importância de uma dieta equilibrada rica em compostos naturais, como o ácido cafeico, para a saúde cerebral, reforçando a necessidade de mais investigação na intersecção entre nutrição e neurociência.

"Os nossos resultados sugerem que a nossa alimentação pode desempenhar um papel fundamental na manutenção da saúde do nosso cérebro e na prevenção de doenças neurológicas. Este é um campo de investigação que ainda está a ser explorado e esperamos que o nosso trabalho inspire mais investigações nesta área”, concluiu a investigadora Fernandes.

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