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No âmbito da segunda edição do seu Ciclo de Conferências Internacionais sobre o desenvolvimento sustentável, professor associado e investigador do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa, António Lopes, destacou em sua apresentação na conferência a importância de estratégias naturais para combater o calor extremo em ambientes urbanos. Lopes, com vasta experiência em estudos sobre clima urbano e alterações climáticas, argumentou que as ilhas de calor urbano são um problema crescente, exacerbado pela densificação urbana e pela escassez de áreas verdes.

Durante sua fala, Lopes enfatizou que as soluções baseadas na natureza, como a implementação de mais áreas verdes urbanas incluindo parques, jardins, telhados verdes e fachadas ajardinadas, são vitais para mitigar os efeitos do calor urbano. Estas promovem a biodiversidade, mas também oferecem sombra, reduzem a temperatura através da evapotranspiração e melhoram a qualidade do ar, filtrando poluentes.

Ele discutiu a necessidade urgente de enfrentar o desafio do calor extremo, especialmente para as populações urbanas mais vulneráveis, como idosos e pessoas com problemas de saúde. Lopes apresentou dados e análises sobre o aquecimento global e como fenômenos como ilhas de calor urbano e ondas de calor têm se intensificado, transformando áreas urbanas em ambientes extremamente quentes.

O professor Lopes também abordou a questão da ventilação inadequada e da falta de estruturas verdes como fatores que intensificam o calor urbano, e propôs uma discussão sobre como incluir soluções naturais no planeamento e na organização urbana para criar cidades mais resilientes e saudáveis diante das mudanças climáticas.

Ao longo da conferência, António Lopes salientou a importância de uma abordagem holística que considere o plantio de árvores, mas também a transformação do espaço urbano de forma a incorporar soluções de base natural. Ele encorajou a participação comunitária na gestão e no valor das áreas verdes, apontando para a necessidade de uma mudança cultural em como vemos e interagimos com o espaço urbano para enfrentar os desafios do aquecimento global e do conforto térmico nas cidades.

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