
A Universidade de Cabo Verde reuniu-se com uma delegação da Lusa – Agência de Notícias de Portugal,nesta quarta-feira, 10 de novembro, no Campus do Palmarejo Grande, para se discutir as possibilidades de cooperação entre a Uni-CV e aquela agência de notícias.
No encontro foi avaliada a possibilidade de estudantes do curso de Ciências da Comunicação da Faculdade de Ciências Sociais, Humanas e Artes da Universidade de Cabo Verde realizarem estágios curriculares na Agência Lusa de Notícias, na delegação de Cabo Verde e na sede da Lusa em Lisboa.
A Reitora da Uni-CV agradeceu e mostrou total disponibilidade e apoio institucional ao primeiro projeto (de estágio), mas também pensando já no alargamento deste ambiente de colaboração com aposta no rigor e na transparência.
A promoção de debate para a melhoria do ensino nas áreas da comunicação social tendo em vista a capacitação futura de estudantes em jornalismo de agência; a promoção de conferências e debates em áreas fraturantes da sociedade; e a promoção de debate para captação de recursos para o financiamento dos projetos em causa são as possíveis áreas de cooperação entre as duas instituições.
A delegação da Agência Lusa de Notícias esteve representada pelo seu Presidente do Conselho da Administração, Joaquim Carreira, pelo Delegado em Cabo Verde, Paulo Julião, e pela Diretora de Informação, Luísa Meireles. Da parte da Uni-CV, o encontro contou com a presença da Reitora da Uni-CV, Judite Nascimento, do Vice-reitor, João Cardoso, do Pró-reitor, Mário Lima e do Assessor para Cooperação e Mobilidade Internacional, Bruniguel Andrade.

A Universidade de Cabo Verde recebeu a Ministra delegada junto do Primeiro-Ministro do Governo francês, responsável pela Igualdade de Género, Diversidade e Igualdade de Oportunidades, Elisabeth Moreno, na terça-feira, 9 de outubro, para uma conversa aberta com os estudantes, no Centro de Convenções do Campus de Palmarejo Grande.
A Ministra delegada junto do Primeiro-Ministro do Governo francês esteve em Cabo Verde para participar na cerimónia de tomada de posse do novo Presidente da República de Cabo Verde, José Maria Neves. Durante a sua estada em Cabo Verde, realizou-se uma conversa aberta com os estudantes sobre a igualdade de género, empoderamento de mulheres e direitos da Comunidade LGBT+.
Durante a conversa aberta, a Elisabeth Moreno, realçou a razão de estar na Universidade de Cabo Verde. No decorrer da sua intervenção falou do seu percurso profissional e académico. Formada em Direito e com um Master em Direito Comercial e MBA em Global Business, Elisabeth Moreno nasceu no Tarrafal, no norte da ilha de Santiago, em Cabo Verde, no ano de 1970. Aos seis anos de idade, emigrou para França com os pais e, depois de ter concluído os estudos, fez uma carreira de empresária e gestora.
“Escolhi estar na Universidade Pública de Cabo Verde porque sempre tive um imenso respeito às pessoas que se dedicam suas vidas para os jovens terem seus destinos em suas mãos. Tenho uma imensa crença que ninguém escolhe onde nascer, nem as condições de vida que, muitas vezes, são coisas que se encontram fora do nosso alcance. Mas vocês estão a criar o vosso futuro, a cada dia e minuto”, afirmou Elisabeth Moreno durante a conversa aberta com os estudantes.
"Acho que a probabilidade de uma cabo-verdiana, que nasceu em Cabo Verde, ser contatada para entrar no Governo francês era muito limitada, mas por a França ser muito aberta, e contar com as pessoas não pela sua cor de pele ou o seu género, mas por ser considerada pelo que pode trazer ao Governo francês, acho que é um símbolo muito importante", afirmou ainda.
No momento em que foi chamada para o Governo francês, a Sra Elizabeth Moreno exercia o cargo de Diretora para África na multinacional de informática HP, instalada na África do Sul.

A Universidade de Cabo Verde recebeu uma visita de cortesia do Provedor de Justiça, José Carlos Delgado, terça-feira (26 de outubro), no Campus de Palmarejo Grande. O objetivo da visita foi perspetivar novas formas de cooperação entre as duas instituições.
Durante a sua visita aos edifícios do Campus de Palmarejo Grande, o Provedor de Justiça considerou o Novo Campus como um património nacional. Para além de conhecer as novas instalações também se discutiu sobre as novas parcerias entre as duas instituições, de modo a se constituir programas conjuntos no domínio da promoção da cidadania.
“Realizar conferências entre a Provedoria de Justiça e a Universidade com o intuito de divulgar o papel do Provedor de Justiça no quadro da cidadania, da defesa dos direitos de liberdades e garantias dos cidadãos, ou seja, vamos desenvolver um programa neste sentido”, avançou o Provedor de Justiça.
Por outro lado, a Reitora da Uni-CV, Judite Medina Nascimento, falou dos novos protocolos que a Uni-CV pretende assinar com a provedoria, permitindo assim uma melhor cooperação entre as duas instituições. A mesma afirma que os protocolos permitirão que as duas instituições trabalhem juntas, através da realização de debates sobre temáticas de interesse académico, para que haja literacia do ponto de vista de questões jurídicas e dos interesses dos estudantes e professores, e principalmente da própria instituição.
O Provedor de Justiça, durante a sua visita ao campus, aproveitou para realizar uma conversa aberta com os estudantes, explicando sobre o papel do Provedor e as formas de acesso à Provedoria de Justiça.
A Universidade de Cabo Verde vai realizar a cerimónia de outorga dos primeiros médicos formados em Cabo Verde, fruto de uma parceria entre a Uni-CV e a Universidade de Coimbra. O ato terá lugar neste sábado, dia 6 de novembro, às 14:30, no Centro de Convenções do Campus de Palmarejo Grande.
No dia 7 outubro de 2015, a Universidade de Cabo Verde em parceria com a Universidade de Coimbra, deu início a um projeto ambicioso e ousado, ao abrir o primeiro curso de Medicina em Cabo Verde. O projeto foi desenhado com a finalidade de formar médicos de e para Cabo Verde, na tentativa de colmatar a necessidade de médicos no nosso sistema e consequentemente melhorar a qualidade dos cuidados de saúde prestados à população cabo-verdiana.
Este modelo faz com que sejam formados médicos, que tiveram a oportunidade, durante o curso, de vivenciar experiências pedagógicas e científicas em duas comunidades académicas diferentes, e ter um conhecimento mais amplo das necessidades vividas aqui em Cabo Verde.
Anualmente, o Mestrado Integrado em Medicina recebe 25 estudantes, tendo o curso a duração de seis anos. Os três primeiros anos decorrem nas instalações da Uni-CV, na Cidade da Praia. Os dois anos seguintes, ciclo clínico, decorrem na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra; e o internato é feito em Cabo Verde, no Hospital Agostinho Neto.
O ano de 2021 foi marcado pela conclusão dos estudos da primeira turma. Muitos foram os desafios e dificuldades, mas com muito empenho, dedicação e espírito de sacrifício, 17 dos 25 estudantes que iniciaram os estudos em 2015 concluíram o curso com sucesso e com bom aproveitamento, representando assim a primeira “fornada” de médicos formados em Cabo Verde.


Reitores e outros altos responsáveis de universidades de Portugal, Cabo Verde, Moçambique e Grécia, assim como investigadores daqueles países, reuniram-se, em Lisboa, para debater “A investigação e o ensino da Ação Humanitária em universidades de países de língua portuguesa”.
Estiveram presentes Jorge Ferrão, Reitor da Universidade Pedagógica de Moçambique, Nardi Sousa, Coordenador do projeto HumAct na Universidade de Santiago (Cabo Verde), Emília Afonso Nhalevilo, Reitora da Universidade Púnguè (Moçambique), Mário Jorge Brito Santos, Reitor da Universidade de Rovuma (Moçambique), Maria de Lourdes Gonçalves, pró-Reitora da Universidade de Cabo Verde, e Thalia Dragonas, Professora Emérita da National and Kapodistrian University of Athens. O ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, que coordenou os trabalhos, esteve representado pela sua Reitora, Maria de Lurdes Rodrigues.
A Pró-Reitora para Extensão Universitária afirma que falar de ensino e investigação da ação humanitária em Cabo Verde, em particular a sua inclusão nos dois pilares estratégicos do desenvolvimento da Universidade de Cabo Verde, implica levar em consideração um aspeto fundamental ligado à própria natureza arquipelágica do nosso país e sua vulnerabilidade aos desastres e eventos climáticos extremos.
Maria de Lourdes Gonçalves avançou ainda que tais choques repetidos, derivados de eventos climáticos extremos e de crises sanitárias, têm ameaçado o progresso de desenvolvimento do país: afetando a resiliência das famílias, sobretudo as mais vulneráveis, dificultando a sua capacidade de recuperação; afetando também a capacidade do próprio Estado em dar resposta célere e eficaz através de ações, de políticas públicas e de programas que implicam alocação de recursos financeiros e mobilização da ciência e da técnica, enquanto recursos fundamentais disponibilizados pelas Instituições de Ensino Superior que podem constituir autênticos operadores, quando disponibilizados, requisitados e aplicados nestes contextos.
“É neste quadro de desafios grandes e complexos que a Universidade está a trabalhar para definir uma agenda humanitária que passa necessariamente pela definição e implementação de estratégias que visem criar competências endógenas para apoiar o estado e as famílias no enfrentamento dessas crises”, concluiu a Pró-reitora, sublinhando que o ISCTE pode ser um parceiro de primeiro plano, sem contar com outros parceiros regionais, no espírito de se criar uma capacidade inter-universidades, a fim de reforçar o contributo das instituições e países, para colmatar as lacunas na resposta humanitária com base nas necessidades, permitindo assim a rápida prestação de ajuda humanitária, em plena coordenação e sem sobreposições, com os mecanismos existentes.
Além de um seminário internacional, realizado a 21 de outubro, em que os intervenientes debateram o papel do ensino e da investigação na ação humanitária, decorre, entre 19 e 28 de outubro, um workshop do projeto HumAct, Mudanças Climáticas e Deslocamento, coordenado pelo ISCTE e no qual participam as universidades de Moçambique, Cabo Verde e Grécia.
O projeto HumAct responde a dois conjuntos principais de desafios e fornece uma solução integrada. O primeiro é o desenvolvimento de capacidades no ensino superior nos países parceiros; o segundo refere-se especificamente às necessidades de profissionalização do setor humanitário nesses países. O HumAct propõe-se a abordar essas questões, concentrando-se no aprimoramento das capacidades das IES nos países parceiros na área de ação humanitária (AH) por meio do desenvolvimento de currículos e de habilidades.
Em 2018, o ISCTE iniciou o desenvolvimento de um Programa em Ação Humanitária, que integra programas de ensino (uma pós-graduação e um mestrado), a participação em projetos de investigação nacionais e internacionais e ainda a realização de debates sobre o tema.